O desafio de ser uma pessoa boazinha

Um dia, sem querer, resolvi conhecer o Eneagrama ( não sabe o que é, tem link ali embaixo explicando).
Não lembro como cheguei até ele, ou se ele chegou até mim. Mas o fato é que o autoconhecimento mexeu comigo. Empurrei alguns meses até de fato decidir que merecia a chance de me descobrir.

Hoje foi um dia muito difícil pra mim. Não pelo contexto, não pela minha história de vida. Tão pouco pelas crises ou problemas que venho passando ou então pelo caos que está a minha vida. Hoje foi um dia difícil pra mim, porque olhei pra mim com meus próprios olhos.

Sempre soube que era uma pessoa empática. Conquistei muitos amigos e ganho o título de “amorzinho” de maneira corriqueira. Mas também já me questionaram mil vezes como consigo ir do céu ao inferno no meu comportamento a ponto de desaforar alguém.

Sou perfil 2 no Eneagrama. Assumido. E chorei muito hoje por causa disso. Será que já podemos parar por aqui?

É fácil perceber que sou essa pessoa. Carrego remédios na bolsa para caso alguém precise (nunca eu). Levo bolos ao meu trabalho para agradar meus colegas. Pico frutas (com granola ainda) para deixar ao meu pai antes de ir pro trabalho. E faço chá quente para o aquecê-lo das manhãs frias do escritório.
Faço o mercado. Cuido da casa. Das contas. E a pouco tempo percebi que vivi 11 anos num relacionamento onde fui mãe e não esposa/namorada/companheira.
Quando despercebida, ignorada ou punida pela ingratidão, viro um clássico tipo 8. Que grita. Alto e seco, que é pra ser ouvida, ou pelo menos pra expressar que estou aqui e me doei de tal forma que o outro não soube valorizar. Mas em seguida me arrependo, porque penso na mágoa que posso ter causado, ou no desespero que me assombra se a pessoa nunca mais me amar.

Hoje foi tenso. Percebi que perdi amigos por coisas irrelevantes (para eles né, pq pra mim elas sempre fizeram sentido). Percebi que foram raras, quase como nulas, as vezes em que fiz algo por mim e para mim. E chorei. Chorei muito por isso.

Hoje foi um dia em que eu quase surtei. Não sei o que quero da minha vida. Não consegui descobrir o que de fato EU quero pra mim, isso profissionalmente falando. Não sei se estou no emprego que estou porque quero. E se aquele que eu estou procurando não é de fato para satisfazer o meu ego ou minha vontade de superar o que perdi.

Emocionalmente falando, sou tipo 2, de subtipo sexual com toda certeza. Escuto ao menos uma vez por semana da pessoa que eu gosto que preciso pensar mais em mim. E respiro o ar dessa mesma pessoa 24 horas por dia. Troco qualquer (veja bem, qualquer) programação para estar ao lado dela. E pode piorar, sou uma trouxa conformada nessa relação, não ouso nem ameaçar a ir embora com medo de não encontrar a porta pra voltar. E também não mando embora, porque temo que ela nunca mais volte. E enquanto isso, iludo alguns outros porque tenho dó de dizer a eles que não são correspondidos na mesma moeda.

Hoje eu chorei horrores. Como quem tem uma tragédia sabe? Como quem não sabe como parar, como interromper.

É louco. É muito louco que uma estrela no meio de uma roda (figura do Eneagrama), com números de 1 a 9 entre flechas possa dizer tão claro quem sou eu. E mais louco ainda, é a vida colocar pessoas que nos façam abrir os olhos para isso. Matemática pura, eu disse. Mentira!!!
O nome disso deve ser sorte. Sorte de ter acordado a tempo. Desafiador. Motivador. Porque melhor que descobrir o que tu de fato é, é poder encontrar pessoas que se preocupam em te transformar em alguém melhor.

Relato de uma aluna ao descobrir o seu perfil de personalidade 2 no Eneagrama.

Quer conhecer mais sobre o Eneagrama? Clique aqui


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Meu abraço cheio de amor e luz pra você.

Roberta Spadini

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